Kepler-22b é um planeta que está à 600 anos luz da terra.
Esse planeta tem mares em estado liquido, e fica na área habitável da estrela mãe.
Até agora, sua massa
e a composição de sua superfície permanecem desconhecidas.7 1 Se o planeta tiver uma densidade
semelhante à da Terra, então a massa será de aproximadamente 13,8 (2,43) Terras, enquanto sua gravidade na superfície será
de 2,4 vezes a da Terra. A distância de Kepler-22b para sua estrela é cerca de
15% menor que a distância da Terra ao Sol. Sua órbita possui cerca de 85% da
largura da órbita da Terra.
A produção de luz da
estrela de Kepler-22b é cerca de 25% menor que a do Sol.1 A combinação de uma menor distância de
sua estrela e uma menor produção de luz da estrela é consistente com uma
temperatura moderada na superfície do planeta. Cientistas estimam que a
temperatura média na superfície do planeta seja de aproximadamente 22 ºC (72 ºF).7 1
Um dos grandes
anúncios da comunidade científica no ano, a descoberta do planeta Kepler-22b
mexeu com a imaginação popular. Localizado em uma região habitável de outro
sistema solar, ele renova a esperança do homem de encontrar alguma forma de vida
fora da Terra. O problema é que ele está tão distante de nós - cerca de 600
anos-luz - que seriam necessárias algumas gerações de aventureiros espaciais
até que alguém consiga chegar lá. Ou seja, pelo menos com a tecnologia atual, é
impossível explorar esse corpo celeste.
Para Thais Russomano, PhD em
fisiologia espacial e Coordenadora do Centro de Microgravidade da PUCRS,
percorrer essa distância com a tecnologia existente é "algo
inconcebível". "Uma nave espacial orbitando a Terra viaja a 27 mil
km/h e, para romper a força gravitacional terrestre, precisa-se de 40 mil km/h.
Apesar de parecer muito, não é nada se comparado à velocidade da luz, que é de
300 mil km/s. É impraticável chegarmos ao Kepler-22b com a tecnologia existente
nesse início de terceiro milênio", lamenta
Astrônomo
e professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Kepler Oliveira concorda: "Não há nada que tenha massa que possa
viajar na velocidade da luz. Muito menos numa velocidade maior", afirma o
cientista.